Diante do forte crescimento da demanda mundial por alimentos, a carne suína paranaense tende a ganhar novos mercados. O controle sanitário será o grande diferencial da região Oeste do Estado nesta conquista de um futuro promissor para a suinocultura. A postura rigorosa para garantir qualidade e segurança é defendida por Elias José Zydek, engenheiro agrônomo diretor-executivo da Frimesa, presidente do Conselho Regional de Sanidade Agropecuária do Oeste e vice-presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento. “O acesso ao mercado global da carne suína dependerá do controle sanitário dos animais. Esse será o grande desafio e um grande diferencial nosso. Defendo que tenhamos uma ilha de sanidade, isolando nossa região para que não tenhamos riscos de doenças”, afirma Zydek, que participou da primeira live da suinocultura da Copacol, mediada pelo gerente Integração Suínos e Leite, Leonardo Dornelles Rocha.
O Paraná deve receber ano que vem a certificação de área livre de aftosa sem vacinação, o que abrirá as portas de mercados externos também à carne suína. “Hoje temos acesso a 35% do mercado externo e muitos países como Japão, Coreia do Sul e México não compram a nossa carne suína por não sermos área livre de aftosa sem vacinação. Barreira que vamos superar a partir de maio, ampliando nosso mercado”, afirma o diretor-executivo da Frimesa.
Para este ano a produção mundial estimada de carne suína é de 109 milhões de toneladas e o Brasil será responsável por 4 milhões de toneladas, sendo que 3 milhões de toneladas são absorvidas no mercado interno.
NOVOS MERCADOS
Com a queda na produção de 18 milhões de toneladas de carne suína na China devido a PSA (Peste Suína Africana), o Paraná pode suprir parte desta necessidade. A Copacol vem se preparando para isso atendendo as exigências dos importadores, como a retirada da ractopamina da alimentação dos suínos e adequações da unidade industrial em Marechal Cândido Rondon, mantida pela Frimesa. “A China não tem grão suficiente e nem tem capacidade de expansão de área para ampliar a área produtiva, diferentemente do Brasil. Teremos grandes oportunidades na suinocultura nos próximos cinco anos”.
Para sair na frente diante de países concorrentes, como Estados Unidos, Canadá, Espanha, Chile e a própria China, os produtores precisam investir em diferenciais, como sanidade, bem-estar animal, meio ambiente, praticidade dos cortes e rastreabilidade de todo o produto. “Precisamos seguir o caminho on line, com dados em tempo real sobre o suíno, para atender o nosso cliente e demonstrar o controle do sistema produtivo”.
SUINOCULTURA COPACOL
A Copacol conta com 146 suinocultores integrados. A produção mensal é de 30 mil suínos. A Cooperativa conta com três Unidades Produtoras de Leitões, com capacidade de 12 mil matrizes, instaladas em Formosa do Oeste, Jesuítas e Cafelândia. Mais recentemente, a Copacol adquiriu uma área em Jesuítas para a construção de uma Unidade Produtora de Desmamados, com capacidade de 10 mil matrizes. A partir do primeiro semestre do ano que vem serão abertas inscrições para novas pocilgas pela Cooperativa. “Nesse momento de crise vemos a importância da Copacol para nossa região, dando segurança e oportunidade para os cooperados diversificarem suas atividades gerando renda para suas famílias e para a sociedade”, afirma o gerente Integração Suínos e Leite.
Fonte: Copacol