Além disso, segundo a consultoria Safras, o mercado segue de olho na pandemia de coronavírus no mundo e no desenvolvimento da safra norte-americana.
As players do mercado mundial permanecem acompanhando de perto a evolução da pandemia do novo coronavírus e seus impactos socioeconômicos, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Paralelamente, também avaliam o recente aumento nas tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China.
Na soja, os agentes ainda olham para o clima para o desenvolvimento da nova safra dos EUA e sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana.
Quer saber o que pode mexer com os preços da oleaginosa na semana que vem? Confira as dicas do analista Luiz Fernando Roque.
Os dados sobre a pandemia trazem forças opostas para os mercados neste momento. Enquanto o número de casos aumenta nos Estados Unidos, a situação parece estar controlada na Europa e na Ásia;
O inédito pacote monetário anunciado pela União Europeia para os países do bloco é fator positivo para o curto prazo;
A temporada de balanços corporativos do segundo trimestre deve continuar chamando a atenção, já que até agora os números têm surpreendido positivamente;
O aumento de casos nos EUA em meio à reabertura da economia é fator negativo.
O recente aumento nas tensões geopolíticas após o fechamento do consulado chinês no estado americano do Texas volta a trazer preocupações para os mercados. A China já anunciou que também irá fechar um consulado americano em uma importante província chinesa, como forma de retaliação;
Tais fatos trazem mau humor para os mercados de renda variável, voltando a colocar em xeque, também, a fase um do acordo comercial entre os países;
Em meio a isso, a demanda chinesa pela soja dos EUA continua crescendo, conforme o esperado. O Brasil já está esgotando os volumes a serem exportados para o país asiático, e é natural que as vendas norte-americanas aumentem gradativamente daqui para frente devido à entrada da nova safra (setembro);
Apesar disso, as tensões atuais podem colocar em xeque estas vendas, e tal fato merece atenção especial.
A nova safra dos EUA continua se desenvolvendo bem, com apenas problemas pontuais sendo registrados. A tendência continua sendo de uma colheita cheia ou com poucas perdas;
As previsões não apontam para grandes faltas de umidade nos próximos 14 dias, embora as temperaturas estejam um pouco elevadas.
Os prêmios no Brasil continuam com força diante da baixa disponibilidade de soja para os próximos meses, o que deve continuar trazendo suporte para os preços. Canal Rural.