O proprietário da Móveis Bortolato de Cafelândia, no Oeste do Paraná, Valdecir Bortolato, deixa a sua opinião sobre o decreto do governo estadual, que impôs a quarentena de 14 dias, para o comércio não essencial.
Veja na integra a sua opinião:
'Mais uma vez fomos surpreendidos com um Decreto Estadual impedindo o comércio de abrir as suas portas devido a pandemia.
Mas será que o comércio tem alguma relação com o aumento das contaminações?
Como isso seria mensurado?
Quais os critérios pra se chegar a essa conclusão? Eis uma pergunta que não se fez ainda.
As empresas, desde o início da quarentena vem trabalhando com segurança, tanto com seus funcionários quanto com seus clientes, tomando todas as medidas necessárias, e essa foi uma conquista através de associações comerciais junto ao poder público, onde estamos sendo monitorados sobre o cumprimento desse acordo, e se passaram 2 meses após a reabertura.
No entanto, com todas as flexibilizações por esse período estava tudo sob controle em relação a contaminação, ou seja, flexibilizou as atividades e não houve impacto significativo nas contaminações.
Mas de repente, de uma semana para cá começou a aumentar verticalmente o número de pessoas infectadas. Más teria o comércio mudado a forma de trabalhar de forma unânime, todos agindo de forma errada? A reposta é não!
Então de onde vem esses números?
O que se tem notado e que algumas pessoas em casa estão deixando de tomar os cuidados necessários, realizando eventos e encontros, deixando de usar máscaras ao sair de casa, outros até menosprezando o contágio.
Lamentavelmente parece que essa conta chegou para quem está seguindo a regra à risca, que são as empresas, e o impacto dessa decisão e imensurável financeiramente e psicologicamente, pois é uma corrente que atinge a empresas, funcionários, fornecedores, a sociedade como um todo.
Além disso as pessoas que agora não estarão no trabalho devido ao fechamento provavelmente também passarão a realizarem encontros com amigos e familiares, festas e demais eventos aproveitando o tempo ocioso, como já tem ocorrido na outra vez do fechamento do comércio.
Deveria os órgãos competentes pensar em outras ações para se conter o avanço da contaminação, algo que se possa monitorar o resultado e não tornar o comércio um mero laboratório de testes.
Curta as páginas do O Novo Oeste no Facebook e no Instagram e receba as notícias de forma exclusiva:
https://www.instagram.com/onovooeste/?hl=pt-br