O secretário de saúde de Corbélia, Francisco Celiomar da Silva, conhecido como Chico Bala, foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado) de Cascavel em operação desencadeada nesta manhã. Ele é acusado de participar de fraudes em licitação e recebia quantias mensais.
Com ajuda de aproximadamente 50 policiais, o Gaeco cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva em Cascavel, Toledo, Vera Cruz do Oeste e Corbélia. Médicos, empresários e o secretário de saúde de Vera Cruz do Oeste, Enio Alceu Fritschi, foram encaminhados para depoimento.
A ação de hoje é desdobramento da Operação Panaceia. De acordo com investigação, o esquema em Corbélia funciona pelo menos desde 2013. A Secretaria de Saúde precisava licitar empresa do ramo alimentício, para fornecer alimento aos funcionários da Unidade de Atendimento; empresa para fornecer remédios e também empresa de médicos para prestar atendimento no posto de saúde. Após ganharem a licitação, essas empresas depositavam mensalmente dinheiro na conta da ex-mulher do secretário Chico Bala.
A empresa de médicos Sistemed Oeste, composta por três médicos de Cascavel e um de Corbélia, nas especialidades de obstetrícia e ginecologia; ganharam licitação para que fossem cumpridas 40 horas semanais de atendimento, mas isso não ocorria. Para terem o ?direito? de não cumprir a carga horária, do valor total de R$ 37 mil por mês para prestar o serviço, os médicos davam R$ 10 mil mensalmente para o secretário Chico Bala.
O secretário de saúde de Vera Cruz do Oeste, que tem uma farmácia em Toledo, também depositava para Chico Bala cerca de R$ 3,5 mil por mês. Agora o Gaeco investiga para saber o porque desses depósitos. A empresa de alimentos pagava ao secretário de Saúde cerca de R$ 2 mil e as empresas de medicamentos, em dois anos, pagaram cerca de R$ 200 mil ao acusado.
A participação do prefeito de Corbélia, Ivanor Damião Bernardi, no esquema não está descartada.
A polícia acredita que a ex-mulher de Chico Bala não tenha participação no esquema, pois ela nem movimentava a conta.
A fraude comprometia a saúde da população. Pelo menos outras 20 cidades do Oeste podem ter algum tipo de esquema parecido com esse.
Fonte: CGN