A depressão muitas vezes vai afetar os idosos sobretudo pelo novo ambiente em que eles estão vivendo.
Então imagina você viveu a vida inteira do lado de um companheiro ou de uma companheira e de repente essa pessoa morre.
Imagina a sensação de todo aquele vazio, todos aqueles momentos, todo aquele mundinho de vocês que se vai de uma hora pra outra.
Pra completar essa situação, é muito comum que os idosos comecem a perder os amigos e as pessoas do entorno.
Então, isso torna o idoso muito mais suscetível a olhar para a própria vida e dizer: “Para que eu sigo aqui de verdade?”
“O que me atrai, se eu já não tenho mais as coisas e a energia que eu tinha antes”?
Então, na idade mais avançada, vai ser importante a gente estar atento e ajudar o idoso a construir hobbies e conexões que permitam que eles se envolvam com a vida e que ele siga interessado e tirando prazer.
Os idosos tendem a relatar mais sintomas físicos, como dores, alterações do sono e apetite, do que sintomas psíquicos, como tristeza, mau humor, etc.
Por este motivo é comum passarem por vários clínicos, realizarem inúmeros exames, antes de ser diagnosticado como depressão.
Alguns sintomas, inclusive, como a diminuição da capacidade de concentração ou indecisão, perda de energia diária, muitas vezes é vista pelos familiares como natural da idade.
Um equívoco que dificulta o diagnóstico e tratamento adequado onde a maior parte dos portadores responde de forma satisfatória ao tratamento que incluem a farmacologia e a psicoterapia.
Francielli Scharnovski Gonçalves
Psicóloga/ Neuropsicóloga
CRP 08/16067
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