Recentemente Nova Aurora foi reconhecida como Capital Nacional da Tilápia, devido os investimentos realizados pela Copacol
O Paraná teve um crescimento superior à média nacional na produção de pescados de cultivo em 2019 e consolidou ainda mais a liderança nesse setor.
Enquanto no Brasil o aumento foi de 4,9%, o do Paraná alcançou 18,7%, com 154.200 toneladas produzidas.
O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) e divulgado esta semana.
Em 2018, o Estado já liderava a produção, com 129.900 toneladas. Agora, ficou mais dilatada a diferença para os seguidores mais próximos.
“Essa é uma atividade bem acolhida por cooperativas do Estado como a Copacol no Oeste do Paraná. Os investimentos na agroindústria e na infraestrutura de comercialização e logística deram segurança para os produtores”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Para ele, o pescado deve adquirir cada vez mais importância como fonte de proteína, com presença forte no mercado internacional.
Copacol
Com o maior volume de abate de tilápias da América do Sul, com 140 mil cabeças abatidas por dia, a Copacol vem contribuindo para estes índices na região Oeste do Paraná, principalmente em Nova Aurora, que foi reconhecida como a Capital Nacional da Tilápia.
Para o prefeito de Nova Aurora, Pedro Leandro Neto, o município ser reconhecido significa desenvolvimento, geração de emprego e renda.
“Somos privilegiados por ter uma unidade industrial de peixe com maior abate da américa do sul e produtores que possuem grandes áreas em lâmina d’água. Esses são fatores que agregam para o desenvolvimento do município, porque gera a diversificação das propriedades, emprego e renda”, destaca.
Pedro explica ainda, que o título é fundamental para que o município receba recursos estaduais e federais destinados para as obras, adequações e melhorias.
“Essa conquista é de todos os produtores e a população, porque que é revertida em investimento para Nova Aurora. Somos gratos a Copacol por investir em nosso município e proporcionar qualidade de vida para toda a população”, explica Pedro.
MAIS ESPAÇO
Para o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), responsável pelo setor de pescados, Edmar Gervásio, o peixe é um produto que deve conquistar mais espaço em futuro breve tanto em área de produção quanto no gosto do consumidor. “É uma fonte rica de proteína e seguramente pode contribuir para a segurança alimentar da população, assim como representa uma alternativa rentável e segura para a agricultura familiar”, disse.
TILÁPIAS
A pesquisa do Anuário Peixe BR mostra que o Brasil passou de 722.560 toneladas para pouco mais de 758 mil toneladas de pescados de cultivo. O destaque é a tilápia, espécie da qual o País é o quarto maior produtor mundial, com 432.149 toneladas. Esse mercado é liderado pela China, com 1,93 milhão de toneladas.
Com crescimento de 7,96% em 2019, a espécie representa 57% da produção brasileira de pescados de cultivo. O Paraná mantém liderança folgada em tilápia, bastante à frente de São Paulo, que está na segunda colocação, com 64.900 toneladas, e de Santa Catarina, em terceiro lugar, com 38.559 toneladas. A participação paranaense no mercado nacional de produção de tilápias é de 33,8%.