A Copacol maior produtor de tilápias da América do Sul, colabora com esta liderança com uma média de 140 mil cabeças abatidas por dia
Líder na produção nacional de pescados em cativeiros, Paraná projeta crescimento da ordem de 20% na atividade em 2019.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a expectativa é atingir a marca de 170 mil toneladas de carne de peixe. O incremento vem sendo alavancado pela tilápia, que representa 80% do volume total do Estado.
“Esta previsão otimista se baseia principalmente no incentivo ao consumo de peixe e também à entrada de novas indústrias no segmento, aumentando a oferta e visibilidade do produto para o consumidor”, aponta o analista de piscicultura do Deral, Edmar Gervásio.
“Com uma maior oferta de proteína oriunda de peixes e um cenário otimista, acreditamos que os preços ao consumidor final devam ficar estáveis e até apresentar um viés de redução, principalmente pelo aumento da competição na gôndola do supermercado”, avalia.
O consumo de peixe no Brasil gira em torno de 10 kg per capita/ano, valor abaixo do que a FAO preconiza como ideal, de 12 kg/ano. “O consumo de pescados vem crescendo ano a ano e em percentuais superiores a outras carnes, como a bovina e de frango, que são as mais consumidas hoje no Brasil”, ressalta Gervásio.
Em 2018, o Deral estima que o Paraná tenha alcançado 140 mil toneladas de pescados produzidas. O levantamento consolidado das informações deve ser divulgado em junho. Se confirmada a expectativa, será um crescimento de aproximadamente 15% em relação a 2017, quando foram contabilizadas 122 mil toneladas.
O forte crescimento do setor decorre do incremento na produtividade. “Passou de 4 a 6 toneladas por hectare para uma média em torno de 15-20 ton/ha, chegando a 35-50 ton/ha por ciclo em algumas propriedades em viveiros de terra”, aponta o coordenador regional de aquicultura da Emater de Toledo, Gelson Hein.
Região Oeste
No Oeste do Estado, o crescimento dos últimos anos se deve ao aumento da produtividade, fruto dos investimentos em tecnologia, e também à entrada das cooperativas Copacol e C. Vale, que respondem por dois terços do volume produzido na região e continuam em expansão. “Elas trabalham em sistemas de integração, como em suínos e aves, e vislumbram para breve mercados de exportação”, sinaliza Gelson Hein, da Emater. Atualmente, o volume de pescados que o Brasil exporta ainda é inexpressivo.