Coordenador do Centro de Imagem e empresa de radiologia são investigados
Fraudes e corrupção que envolvem servidor do HU são apuradas em operação do GAECO
A Promotora de Justiça Juliana Vanessa Stofela da Costa falou sobre a operação que apura a prática de crimes contra a administração pública.
Nesta manhã de quarta-feira (7) foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços situados nos municípios de Cascavel, Quedas do Iguaçu, Cafelândia e Maringá.
Um dos locais alvos era o Hospital Universitário do Oeste do Paraná, localizado em Cascavel. Conforme informado, as diligências foram autorizadas pelo Poder Judiciário e têm como objetivo a obtenção de provas relacionadas a supostas irregularidades em processos licitatórios ocorridos ao longo da última década.
A Operação Raio X apura supostos indícios de direcionamento nesses procedimentos licitatórios para contratação de serviços técnicos de radiologia, serviços técnicos de operação dos maquinários do Hospital Universitário.
Segundo a promotora a empresa, de Cascavel, uma empresa seria contratada pelo hospital desde 2011. Conforme relatado, um processo de 2024 foi cancelado em razão de alguns indícios de irregularidade.
"O que nós apuramos é isso, o envolvimento de um servidor público do Estado que trabalha dentro do HU, que seria gestor desses contratos no Centro de Imagens", afirmou.
Juliana Vanessa Stofela da Costa explica que, a princípio, houve direcionamento para que a empresa fosse contratada há tantos anos. Será feito um levantamento do que já foi pago.
"Mas a questão do direcionamento é uma fraude que visa beneficiar a essa empresa, sendo que o último pregão que está em andamento tem valor de mais de R$ 7 milhões"
Conforme informado pela promotora, a informação que chegou até as equipes é que esse servidor receberia uma quantia logo após a empresa receber do Hospital Universitário pelos serviços prestados. Isso também é investigado, com quebra de sigilos para a apuração.
Com relação aos mandados cumpridos em outras cidades, Juliana explica que são empresas que participaram das licitações nos anos de 2013, 2019, ou que tem contrato atualmente com o HU seja para manutenção do mesmos maquinários que são operados pela outra empresa alvo.
"E também em razão desses supostos indícios de recebimentos de valores que teriam partido de contas, possivelmente de alguns envolvidos dessas empresas", explicou.
Questão sobre enriquecimento ilícito e total de empresas envolvidas serão apuradas no processo.
A Promotora de Justiça Juliana Vanessa Stofela da Costa enfatizou que não há indícios de envolvimentos de diretores (seja o atual ou os anteriores).
Nas ações de hoje, uma pessoa foi presa por ter arma de fogo no momento da abordagem. Ele é membro de uma empresa.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
A promotora explicou como que funcionava o direcionamento. Segundo a Juliana, como ele é o coordenador do Centro de Imagem, ele tem a responsabilidade da solicitação da contratação desses serviços.
Ela relata que com aditivos recentes, outros maquinários foram adquiridos. A empresa alvo estaria operando esses equipamentos sem previsão de contrato. A promotora ressaltou que a ação acontecia de forma que apenas ela preencheria os requisitos no edital, que seria de operação de algumas máquinas que apenas o Hospital Universitário teria.
"Então existe um direcionamento, ele participaria disso, solicitaria a contratação de determinados serviços, auxiliaria o técnico responsável por isso. Então haveria uma exigência de determinados requisitos, que apenas uma determinada empresa preencheria. [...] Outras pessoas envolvidas pode ser que tenha, mas ele tem essa responsabilidade por ser o coordenador do centro de imagem", afirmou.
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