As cooperativas de crédito oferecem serviços semelhantes aos de bancos, mas as instituições se diferenciam pelo propósito e tipo de relação que possuem com os clientes.
Em Cafelândia o sistema se destaca com o atendimento das cooperativas Cresol, Sicredi e Sicoob.
Enquanto nas cooperativas eles são chamados de associados, participam das decisões e recebem as "sobras", que são valores equivalentes aos lucros, nos bancos a gestão e a divisão de dividendos são concentradas nos acionistas.
Em contrapartida, por serem instituições menores e normalmente regionalizadas, as cooperativas não têm tantas agências e caixas eletrônicos. Em compensação, investem no atendimento personalizado e, segundo o Banco Central, por não visarem lucro, costumam contar com produtos e serviços em condições mais acessíveis, principalmente em linhas de crédito sem garantia e com taxas de juros menores.
Esses foram alguns dos motivos que fizeram a empresária Rosmery Dall Oglio Kostycz, de 58 anos, mudar a própria vida financeira e das duas empresas que administra.
Moradora de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, ela trocou o sistema bancário pelo cooperativismo de crédito primeiro como pessoa física e depois como pessoa jurídica.
A primeira questão que me chamou atenção é a qualidade do atendimento da cooperativa. As pessoas que trabalham lá têm não sei se um treinamento específico para isso, mas são muito próximas às pessoas, aos clientes. Isso, para o meu perfil, eu acho importante, porque a gente lida muito com tecnologia, só que nem sempre a tecnologia resolve os nossos problemas do dia-a-dia’
— Rosmery Dall Oglio Kostycz, empresária
Rosmery faz parte dos mais de 10,3 milhões de brasileiros que decidiram experimentar o cooperativismo nos últimos sete anos – período em que, de acordo com o Banco Central, o total de associados de cooperativas dobrou no país.
O mesmo comportamento aconteceu no Paraná, que tem, de acordo com o Banco Central (BC), mais de 2,7 milhões de associados a cooperativas de crédito, o equivalente a 23,46% de toda a população.
Para entender o que motivou esse movimento, veja estes dados junto ao Banco Central, que supervisiona os dois tipos de instituições financeiras.
Diferenças entre bancos e cooperativas de crédito
Tiago de Paiva Prota, assessor sênior do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não-Bancárias do Banco Central (BC), explica que as principais diferenças entre as duas instituições são a forma com que os clientes – e cooperados, ou associados – são tratados.
Ele lista seis principais diferenças entre bancos e cooperativas de crédito:
Diferenças entre bancos e cooperativas de crédito
BANCOS | COOPERATIVAS DE CRÉDITO |
Sociedade de capital | Sociedade de pessoas |
Clientes | Cooperados |
Gestão e decisões de acionistas e controladores | Gestão e decisões dos cooperados |
Lucro, com distribuição ao acionistas | Sobras, com distribuição aos cooperados |
Relação com capital | Relação com a comunidade |
Produtos e serviços com condições de mercado | Produtos e serviços com condições mais acessíveis |
Fonte: Banco Central
Resumidamente, os dois tipos de instituições podem ser categorizados como:
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