O ex-diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional, Marcos Stamm, visitou o Gabinete do deputado estadual e primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, Marcel Micheletto, que acaba de assumir a coordenação da Frente Parlamentar para Acompanhamento da Renegociação do Tratado de Itaipu.
Stamm comandou a Usina entre os anos de 2018 e 2019, em substituição a Luiz Fernando Vianna. Sob a gestão de Stamm, Itaipu Binacional fortaleceu o papel de apoio aos municípios na aplicação de investimentos estruturais, edificando obras, pavimentando vias e diversificando a aplicação de recursos, não apenas nos municípios do entorno, mas na totalidade das cidades da região Oeste.
“Esse é um assunto que deve ser visto sob a ótica técnica. O deputado Micheletto conhece esses aspectos, mas sustenta, sobretudo, uma visão política sobre o tema, defendendo os interesses dos paranaenses, especialmente os que residem na região Oeste”, disse.
Segundo o ex-diretor geral brasileiro, Micheletto sabe da importância que Itaipu tem para estas cidades, que tiveram terras férteis inundadas. “Naturalmente, é legitimo esse trabalho: os poderes Executivo e Legislativo, juntos, promovendo esse acompanhamento, é de fundamental importância. O Paraná recebe royalties e os municípios também. Por isso, o momento é histórico, especialmente porque a dívida foi paga após 50 anos. É legítima essa revisão, que deve ser muito bem dosada, de acordo com os interesses dos dois países”, disse Stamm.
“Como paranaense que sou e com a experiência que adquiri, e pela proximidade que tenho com o deputado Micheletto, tenho condições de colaborar, com maior prazer, pois, antes de tudo, é uma satisfação poder ajudar o meu estado e o meu país. Desejo êxito a esse trabalho e parabéns à Assembleia Legislativa por tratar de assuntos de interesse do Paraná tão caros e de fundamental importância”, comentou o ex-diretor geral.
Já Micheletto lembrou que, na época da construção da usina e formação do lago, o impacto gerado atingiu 101.092,52 hectares, totalizando 8.519 propriedades, das quais 6.913 rurais e 1.606 urbanas. “Isso resultou em aproximadamente 40.000 pessoas removidas ou impactadas. Significa dizer que os impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da atuação da Itaipu Binacional reconfiguraram a territorialidade do oeste do Paraná”, observou o deputado.