A delegada da Polícia Civil de Umuarama, Karoline Bischoff, deu detalhes das investigações sobre as agressões contra o recém-nascido.
O bebê, que na época dos fatos tinha 17 dias, segue internado em estado grave, sedado e intubado. No último domingo a noite ele passou por cirurgia devido ao acumulo de líquido na região do intestino.
A vítima segue no Hospital Cemil de Umuarama e não há previsão de alta.
A Polícia Civil do Paraná indiciou por tentativa de homicídio triplamente qualificado os pais da vítima e eles seguem presos preventivamente.
Karoline Bischoff comentou também sobre as qualificadoras do crime que foram motivo fútil pois segundo as investigações as agressões iniciaram após uma discussão do casal; o meio cruel devido as inúmeras lesões encontradas no bebê, resultante em quadro de asfixia indireta, e crime praticado pelos próprios pais contra vítima menor de 14 anos/recém nascido.
Ainda conforme a delegada, os pais em momento algum no interrogatório, confirmaram ou assumiram as lesões praticadas.
"Eles inventaram, deram inúmeras desculpas quanto ao que poderia ter ocasionado tais lesões. Primeiramente falaram que talvez teria sido devido ao fato do recém nascido dormir junto ao casal na cama [...], em um segundo momento também apontaram que as lesões seriam oriundas do próprio parto por ter sido normal em que a genitora sofreu muito [...] e a terceira hipótese também levantada foi que o outro filho do casal uma criança de apenas dois anos e meio de idade estaria com muito ciúme do irmão, então teria derrubado o recém-nascido no chão bem como o beliscado".
A delegada explicou que as três hipóteses foram descartadas por ambos os médicos que atenderam o recém nascido.
"Tais médicos afirmaram que as lesões ocasionadas no bebê foram oriundas de espancamento".
SOBRE O CASO
Um bebê de 17 dias foi internado com hematomas, costelas fraturadas e desidratação no Paraná, na madrugada de 7 de fevereiro deste ano.
Segundo o laudo, a vítima estava com hematoma em tórax, múltiplas fraturas em costela, hematomas em pálpebras, corte na região do calcanhar, instabilidade respiratória e desidratação.
Conforme o boletim, após informarem serem os únicos cuidadores e responsáveis pelo bebê, e diante dos sinais encontrados, receberam voz de prisão e foram encaminhados para a 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama.