Segurança é uma das prioridades do Comitê Organizador Local
Os palpites para saber quem tem mais chances de levar a Copa do Mundo deste ano, no Catar, já começaram. Entre os favoritos nos sites de apostas e também na opinião da mídia especializada aparecem Brasil, França e Argentina. Espanha e Bélgica correm por fora, mas também estão no páreo.
Diferentemente de outros anos, a Copa vai ser disputada no fim do ano. É a primeira vez na história que o Mundial não será jogado entre julho e agosto. Também é a primeira vez que a competição será sediada em um país do Oriente Médio, algo que dá ao torneio um contexto especial. E por vários motivos.
A própria mudança no calendário foi influenciada pela escolha do país-sede, já que no meio do ano a temperatura no Catar beira os 45 graus, algo desumano para a prática de qualquer esporte. Por isso, a Fifa decidiu organizar o Mundial no fim do ano. Outro ponto importante é a segurança, e medidas para proteger torcedores, atletas e comissões técnicas estão sendo desenvolvidas.
O Catar usará drones para ajudar a proteger estádios de futebol de possíveis ataques durante a Copa do Mundo, informou a rede britânica BBC na semana passada.
De acordo com a emissora, a Fortem Technologies fornecerá os chamados drones interceptadores, após um acordo com o Ministério do Interior do Catar para evitar possíveis ataques de outros drones em estádios de futebol.
Os drones Fortem derrubarão outros drones perto de estádios que possam representar uma ameaça à segurança das pessoas envolvidas com a Copa. Segundo a BBC, a empresa disse que o “acordo reflete os crescentes temores sobre a ameaça que os potenciais ataques de drones representam em geral”.
A empresa com sede nos EUA afirmou que implantou sistemas antidrones em outros eventos esportivos, bem como doou versões portáteis de seu sistema para a Ucrânia, e disse que também está trabalhando em medidas antidrones para aeroportos do Reino Unido.
O professor David Dunn, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, disse à BBC que a ameaça de ataques de terroristas usando drones aumentou porque a tecnologia se tornou mais acessível.
Steve Wright, da Universidade do Oeste da Inglaterra, acredita que as preocupações com o uso de drones como método de ataque aumentaram parcialmente porque os drones comerciais foram modificados em armas em conflitos no Iêmen e na Ucrânia.
Ele disse à BBC que drones de combate como o de Fortem podem ser eficazes contra uma ameaça de drones menores, mas alertou que, à medida que os drones de ataque aumentam de velocidade, eles serão mais difíceis de deter.
“Estamos analisando tecnologias de como podemos levar isso a 200 mph (322 km/h), talvez até 300 mph um dia, enquanto esprememos a esponja da tecnologia elétrica que temos”, disse ele à BBC.
O Brasil estreia na Copa do Mundo no dia 24 de novembro, às 16h, contra a Sérvia. A equipe comandada pelo técnico Tite está no grupo G da competição, ao lado também da Suíça e de Camarões.