Um olho no peixe, outro no faturamento, com esta manchete a Copacol foi destaque em matéria produzida pela Folha de Londrina, hoje dia 28. Confira a matéria na integra...
Operando na cidade de Nova Aurora desde 2008, a evolução do abatedouro de peixes da Copacol prova com números expressivos o que as cooperativas esperam deste tipo de carne para o futuro.
Com um investimento de R$ 55 milhões este ano, o processamento saltou de 70 mil para 140 mil tilápias por dia, tornando-se a maior planta de abate de peixes da América Latina. E vale dizer: desde a inauguração já foram aplicados mais de R$ 120 milhões apenas nessa mesma unidade.
E olha que os peixes representam atualmente apenas 6% do faturamento da cooperativa. Sem dúvida, ainda há muito para crescer.
Este mês, no dia 23, a Copacol ainda inaugurou a fábrica de rações para matrizes e de premix, na cidade de Nova Aurora.
Os investimentos nesse caso atingiram a casa de R$ 40 milhões. "Vemos uma grande oportunidade de crescimento deste mercado (piscicultura), porque as pessoas procuram cada vez mais por estes alimentos saudáveis.
Nossa estratégia é atender a crescente demanda e oferecer mais oportunidades de diversificação para os produtores associados", salienta o presidente da Copacol, Valter Pitol.
Com o investimento, o número de produtores associados na piscicultura saltou de 140 para 210 em pouco tempo. A Copacol utiliza na planta frigorífica tecnologia de última geração para controle, monitoramento e processamento de sua produção de tilápias, que contempla um rígido sistema de controle informatizado e em tempo real, que proporciona a visualização e controle dos mais diversos parâmetros relevantes ao processo.
"Após a ampliação da indústria para abate de 140 mil cabeças dia, a adoção de novas tecnologias e tendências se fez necessário. A instalação de máquinas e equipamentos de ponta nos oferece a automatização de boa parte do processo. Nossos equipamentos permitem que o processo de sangria, lavagem, descamação, descabeçamento, evisceração e embalagem dos produtos sejam feitos de forma automática e eficaz", explica Pitol.
Atualmente a produção da Copacol, no segmento de peixes, conta com um mix de produtos importantes e não por acaso é uma das cooperativas mais lembradas pelos consumidores do Estado.
São diversos produtos ligados a tilápia, além de bolinho de bacalhau, camarão 7 barbas e vermelho pequeno, filé de merluza, posta de cação, sardinhas, filé de sardinha e cavalinha.
"Hoje, vendemos para o Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo. (No mercado internacional) apenas a pele é exportada para a França", elenca Pitol.
Com todos esses investimentos e tecnologias empregadas na planta, o número de tilápias que serão processadas em 2018 é impressionante: 38,4 milhões.
"A Copacol pretende fechar 2018 com um faturamento de R$ 4 bilhões". Em 2017, a empresa deve fechar em R$ 3,65 bilhões, um crescimento de 12,2% comparado ao ano passado.
Frangos transformam commodities em valor agregado
Se os peixes representam hoje 6% do faturamento da Copacol, no caso da avicultura, os números são bem expressivos. O valor corresponde a 60% da movimentação total da cooperativa.
Para atender a demanda da indústria, a Copacol conta atualmente com a participação de 820 produtores integrados, somados a mais 136 da Coagru (Cooperativa Agroindustrial União), de Ubiratã.
E se tem investimentos na piscicultura, no setor de aves não é diferente, afinal, a cooperativa exporta frangos para mais de 40 países e todas as regiões do País. Portanto, está em andamento também - com previsão de concluir até o final de 2018 - a duplicação do abatedouro de aves da Unitá, em Ubiratã.
Um investimento de R$ 300 milhões que permitirá o aumento da capacidade de 180 mil para 380 mil aves até o início de 2019. "Com esse projeto de expansão, aproximadamente (mais) 300 produtores terão a oportunidade de ampliar e iniciar no negócio", estima o presidente da Copacol, Valter Pitol.
Uma das estratégias dessa unidade é o aumento da produção de itens IQF (congelados separadamente), como também o direcionamento em linhas de produtos temperados e apimentados, a diversificação de sabores diferenciados em produtos industrializados já existentes, e a ampliação do mix de vegetais congelados.
"A atuação no varejo possibilita à cooperativa mais rentabilidade, tendo um caminho mais curto para que os produtos produzidos pelas nossas indústrias cheguem até o consumidor final. A produção de todas as atividades da cooperativa se convertem em sua maioria na produção de carnes, transformando commodities em produtos de valor agregado que chegam à mesa dos consumidores na marca da cooperativa, gera receita para empresa e possibilita ao cooperado mais renda e diversificação em sua propriedade", complementa o presidente (V.L.)
Victor Lopes, Folha de Londrina, Reportagem Local
http://www.folhadelondrina.com.br/folha-rural/uma-sacada-com-a-proteina-animal-991852.html