O Sindicato Rural de Cascavel vem à público deixar sua indignação com os atos de vandalismo e depredação do prédio que abriga a Aprosoja e a Abramilho, entidades representativas nacionais dos produtores de soja e milho.
O ato foi organizado pela Via Campesina, que se apresenta como “um movimento internacional que coordena organizações camponesas de pequenos e médios agricultores”.
A entidade é ligada ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
De acordo com os vândalos, os atos fazem parte da “Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”.
A ação, que contou com a participação de cerca de 200 camponeses e camponesas, denunciou, segundo eles, “o protagonismo que o agronegócio cumpre no crescimento da fome, da miséria e no aumento do preço dos alimentos no Brasil”.
Um absurdo completo imaginar que ainda nos dias atuais se realizam atos dessa natureza, e o pior: muitos deles acabam não sendo punidos.
Em primeiro lugar, exigimos uma investigação completa e uma punição dessas entidades, além do ressarcimento financeiro dos prejuízos.
Outro ponto que precisa ser destacado é a completa ignorância dos envolvidos, que insistem em dizer que a soja “não é alimento”.
Não sabem nem o básico do básico, pois a soja que eles tanto criticam – além de gerar renda a pequenos, médios e grandes produtores brasileiros e proporcionar muitos empregos e arrecadação de tributos – é a base para a produção de ração animal e de uma série de outros produtos, que alimentam o mundo todo.
Também falam do preço de alimentos, os quais subiram sim, mas devido à estiagem, ao aumento do preço dos combustíveis e também a pandemia.
Um raciocínio limitado, que direciona seus seguidores a acreditar que é o agricultor que dita os preços dos produtos que vem às gôndolas, sendo que ele é o elo mais fraco da cadeia de produção de alimentos.
Tornam vilões quem deveriam ser tratados como heróis. Além disso, o agronegócio brasileiro, por intermédio desses produtos tão criticados, é uma potência mundial na exportação, o que tem salvado nossa balança comercial há anos.
Como é possível criticar um setor que cresce, gera renda, riqueza e oportunidade para o Brasil e para os brasileiros?
Para concluir, deixamos também registrado a nossa tristeza sobre a violência do ato.
A depredação e o vandalismo são atitudes repugnáveis, de gente pequena, de gente sem caráter e muito menos respeito ao próximo.
Recentemente, o agro foi às ruas reivindicar direitos, valores cristãos, respeito à Constituição Federal, respeito à democracia.
Tudo de forma pacífica, à luz dos valores democráticos que tanto queremos. Aonde vamos chegar com atitudes como essas de vandalismo e desinformação?
Opinião do Sindicato Rural de Cascavel.