Autoridades sanitárias reabilitaram as exportações de três plantas brasileiras. Duas já tinham obtido a liberação.
A China reabriu nesta terça-feira (18) o mercado para três frigoríficos exportadores de carne de frango: a unidade da Seara de Amparo (SP), da BRA em Dourados (MS) e da paranaense Copacol, de Cafelândia.
A suspensão temporária havia sido determinada em setembro de 2016, cinco meses antes da deflagração da Operação Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal. O motivo seria a falta de adequação às normas sanitárias exigidas pelo país asiático e atingiu, além das unidades acima, outras duas plantas do Paraná: uma da JBS em Rolândia e uma da Cooperativa Agroindustrial LAR, em Matelândia. Estas duas já tinham conseguido retomar os embarques anteriormente.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a reabertura foi consolidada pela Administração Geral de Quarentena, Inspeção e Supervisão da Qualidade da República Popular da China (AQSIQ). Para que as exportações de frango das três empresas sigam rumo ao país asiático, falta apenas a conclusão do trâmite oficial realizado pelos governos brasileiro e chinês .
"A reabilitação destas unidades frigoríficas é um gesto de grande confiança das autoridades chinesas no sistema produtivo brasileiro. Sob a liderança do Ministro Blairo Maggi, o setor de proteína animal brasileiro tem trabalhado fortemente para recuperar a credibilidade internacional, após as consequências da divulgação do Carne Fraca. Estas reabilitações são amostras dos avanços conquistados", ressalta Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
A retomada é fundamental para a paranaense Copacol, que tem cerca de 25% da produção de frango destinada ao mercado chinês, informa Valdemir Paulo dos Santos, superintendente comercial da cooperativa. Ele explica que, durante o período do embargo, a companhia buscou novos mercados para compensar a ausência, mas espera que o primeiro embarque à China aconteça já na próxima semana.
"As cinco empresas que sofreram com a medida enviaram planos de ação através do Ministério da Agricultura já em outubro. Como cada uma tinha uma situação diferente, a situação só foi avaliada e normalizada agora [pelas autoridades chinesas], o que retardou o processo de reabilitação", afirma Valdemir.