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19 de agosto é o Dia Nacional de Luta da População em situação de Rua


19/08/2021

19 de agosto é o Dia Nacional de Luta da População em situação de Rua

Naquele dia, depois que escureceu, quando eu deitei na cama e não ouvi o barulho do ‘ligeirão’ e das garrafas sendo chutadas na rua e percebi que ninguém ia puxar minha coberta no frio durante a noite, eu comecei a chorar, sem parar, feito uma criança”. O relato, emocionado, é de Anderson, que tem 45 anos e após 30 vivendo nas ruas de Curitiba, está há dois meses morando em um apartamento na capital. A lembrança é da primeira noite neste seu novo endereço, fora das ruas.

As dificuldades enfrentadas por ele são compartilhadas por milhares de pessoas que hoje vivem em situação de rua em todo o país – realidade agravada com o início da pandemia de Covid-19. Por ocasião do Dia Nacional de Luta da População em situação de Rua, celebrado no dia 19 de agosto, o Ministério Público do Paraná ressalta a gravidade dessa situação e a necessidade da atuação dos poderes públicos no sentido de assegurar os direitos constitucionalmente garantidos a todas essas pessoas. “O Ministério Público busca, na sua atuação cotidiana, estar sempre ao lado dos mais oprimidos, daqueles que, historicamente, são alijados do exercício dos direitos elementares da cidadania. Nesse contexto, a população em situação de rua é um dos grupos vulneráveis que mais necessitam da atenção da nossa instituição, a fim de que lhes sejam asseguradas, pelo poder público, as condições necessárias para uma vida digna”, destacou o procurador-geral de Justiça Gilberto Giacoia.

Trajetória

Anderson tinha 15 anos quando passou a viver nas ruas depois que a mãe lhe disse que não teria mais condições de sustentá-lo (ela iniciava um novo casamento e tinha outras duas filhas menores). “No começo eu só chorei, não sabia o que fazer. E depois, quando você está na rua, você vive em bando, passa a viver como lobo, para se proteger mesmo”, recorda ele, que também fala dos inúmeros desafios dessa realidade. “Eu não queria beber, nem usar drogas, mas muitas vezes você acaba entrando nessa para fazer parte de algum grupo”, lembra. No entanto, mesmo nas ruas, Anderson não deixou de buscar uma vida melhor. A partir de projetos sociais, fez cursos técnicos de garçom, auxiliar de hotelaria, panificação e confeitaria. “Mas quando pedia emprego, me pediam comprovante de residência. Quando descobriam que o meu contato era do abrigo da FAS, desistiam de me contratar”, recorda.

Sempre em busca de uma ocupação, há nove meses Anderson começou a trabalhar como voluntário em uma cozinha de projeto social que fornece alimentação para pessoas em situação de rua na capital – que entrega, em média, 400 marmitas por dia. A partir do seu envolvimento no trabalho e do grande interesse em retomar os estudos, ele foi convidado pela organização do projeto para morar em um dos apartamentos que a entidade mantém, financiados por colaboradores da sociedade civil. E foi nesse novo lar que Anderson viveu, há dois meses, a situação relatada no início desta matéria. Atualmente, ele cursa o ensino fundamental e tem o desejo de ingressar no ensino superior. “Quero fazer Serviço Social para poder continuar ajudando as pessoas que, como eu, querem sair das ruas, mas precisam de oportunidade”, declarou.

Fonte: Portal24


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