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Conheça um pouco da história dos 55 anos de Assis Chateaubriand


12/08/2021

Conheça um pouco da história dos 55 anos de Assis Chateaubriand

Distrito do Encantado do Oeste

Vamos relembrar a história dos distritos, patrimônios e comunidades do interior

No próximo dia 20 de agosto, o município de Assis Chateaubriand completa 55 anos de emancipação político-administrativa, vamos relembrar a história dos distritos, patrimônios e comunidades do interior.

As informações foram publicadas no “O Regional em Revista”, na edição Especial quando o município completou 50 anos.

Distrito do Encantado do Oeste

A Lei n.º 6.920 publicada no Diário Oficial do Estado do dia 12 de setembro de 1977 criou no Município de Assis Chateaubriand o Distrito Judiciário e Administrativo de Encantado do Oeste.

O nome de Encantado foi dado pelos pioneiros, primeiro ao rio que passa próximo de onde atualmente é o distrito. Mais tarde surgiu o povoado e por estar localizado próximo deste rio, o nome de Encantado permaneceu também na comunidade. Anos depois, as lideranças souberam que existia outra cidade com o mesmo nome na região de Lajeado, no Rio Grande do Sul, e decidiram colocar Encantado do Oeste.

Considerando-se que a conhecida região chamada cinco mil, está a pouco mais de um km de distância do Distrito de Encantado do Oeste, as primeiras famílias de fato e de direito que chegarem na região no ano de 1.957, foram: José Yunhiko – Paulo Takeu Takano – Mario Akira Takano – Osvaldo Sawazaki – Mitian Nozaki – Antonio Yamada – José Yushio Konishi – Mário Konishi – José Clementino de Castro – Antonio Ribeiro e Antônio Coelho, que adquiriram suas terras da Colonizadora “Pinho Terra” com sede na cidade de Ribeirão Preto SP. Mais tarde chegaram as famílias do senhor João marques da Cruz – Otávio Eugênio de Melo e Manoel Rodrigues de Andrade, seguida de outras famílias que a cada ano foram fazendo de Encantado sua terra natal.

Segundo relato do senhor Mário Konishi, (70 anos de idade e aposentado), a maior dificuldade naquela época, foi enfrentar a Colonizadora Norte do Paraná, que havia comprado 45 mil alqueires da Colonizadora União do Oeste de propriedade do senhor Adízio Figueiredo dos Santos, onde incluía a área do cinco mil e que dizia que a Colonizadora Pinho Terra nunca foi proprietária daquelas terras. “Quem quisesse ficar com as terras tinha que comprar de novo” disse Mário. Meu irmão José teve que devolver uma grande área para a CNP, assim como os outros vizinhos também. Com a chegada do INCRA, foi dada a escritura definitiva de posse para quem morasse na terra há mais de 10 anos, com isso, meu irmão tornou a perder muita terra, porque as famílias que ele tinha colocado para cuidar das suas propriedades requereram para eles junto ao INCRA. Resumindo, meu irmão José, do qual eu era empregado, ficou com apenas 105 alqueires. O senhor Mário lembra como se fosse hoje as dificuldades enfrentadas para sobreviver: “A gente saía às três da madrugada para ir à Palotina fazer compras e só voltava às dez da noite. Para clarear o caminho, a gente usava taquara verde com querosene na ponta e ia revezando com os vizinhos. Quando soubemos que onde hoje é o Encantado, ia ser construída uma cidade, ficamos felizes com a notícia e, como estávamos a um km da cabeceira do sítio, resolvemos abrir uma picada. Dividimos em dois grupos, um em cada extremidade e, de Facão, Foice e Machado em punho, em pouco tempo a estrada dos cinco mil até Encantado já estava pronta, é lógico que não ficou bem reta porque a gente ia desviando das árvores mais grossas. Outro detalhe interessante desta história é que o caminhão Chevrolet a diesel que meu irmão trouxe, acabou apodrecendo porque não tinha oficina mecânica e nem posto de combustível. Mais tarde compramos um carrinho com tração animal, mas como o dinheiro não deu pra comprar o burro, nós mesmos é que puxávamos o carrinho com os mantimentos da roça, até amansarmos alguns bois para puxar o carroção (Carro de Boi). Em 1.970, Mário se casou e poucos anos depois parou de trabalhar para o irmão e, com 22 alqueires de terras, oriundo do acerto com José, começou a dirigir seus próprios negócios. José Konishi acabou vendendo as terras que lhe sobraram e foi embora para Minas Gerais, onde faleceu em 1.988. O senhor Mário, há vários anos que não pode mais trabalhar em serviço pesado por problemas de saúde (marca-passo no coração). Aposentado, com esposa, filhos e netos, continua morando em Encantado do Oeste.

No auge do seu desenvolvimento, Encantado chegou a ter 12 mil habitantes, ao ponto de lutar ao lado de Bragantina pela sua emancipação. Com o advento da mecanização a população foi diminuindo rapidamente, chegando aos atuais 2.583 habitantes sendo 1.326 homens (51.34%) e 1.257 mulheres (48.66%). Em 2.000 eram 1.053 residências entre área urbana e rural, mas caiu para 1.002 em 2.010. A infra-estrutura do distrito consiste atualmente em: Um entreposto da C-Vale – uma filial da I. Riedi – dois postos de gasolina – cinco bares – um supermercado – três borracharias – duas oficinas mecânicas – dois salões de beleza – três lojas de confecções e bazar – uma loja de calçados – duas lanchonetes - um colégio estadual (Col. Princesa Isabel com 140 alunos) – um colégio municipal (Escola Paulo Pimentel com 119 alunos) – duas quadras cobertas – um campo de futebol – um salão de festas da Associação de Moradores – um salão da Associação das Senhoras e um salão da igreja católica. No setor religioso tem uma igreja católica – uma igreja da Assembléia de Deus e uma da Congregação Cristã.

No calendário de eventos, constam duas festas da igreja católica, uma grande festa junina, o tradicional Rodeio do Peão de Boiadeiro (já na 22ª edição) e que tem atraído gente de toda região. Encantado é a única comunidade dentro do município que mantém a milenar festa da Folia de Reis, numa grande confraternização da comunidade local e regional. A Festa do Peão de Boiadeiro que começou em 1.990, numa iniciativa do senhor Alonso Sanches acabou sendo a principal promoção da Associação de Moradores. A primeira festa foi na gestão do Welington Camargo com a Comissão Central Organizadora (CCO), presidida por Alonso Sanches com os seguintes membros: Ronan Andrade, Eduardo Calgário, Vandin Calgário, Nelson Calgário, Valdecir Rodrigues e o popular Quinca. A festa foi realizada no pátio da Associação numa arena construída de madeira e que permaneceu ali por vários anos. O que começou como uma brincadeira, na terceira edição já era uma grande festa. Jamais passou pela imaginação dos organizadores que a Festa do Peão de Boiadeiro de Encantado do Oeste se tornaria numa das maiores festas do gênero da região, hoje, já na sua 22ª edição. Toda renda sempre foi revertida em prol da manutenção e ampliação da própria Associação, pela qual já passaram os seguintes presidentes: Welington Camargo, José Kulkamp, Pedro Hoffmann, Paulo Marcatto, Jair Costa dos Santos (três vezes), Ademir da Silva (Batata), Pedro do Couto, professor Evandro e atualmente o senhor Cassiano Paulo Nunes é o presidente com a seguinte diretoria: Presidente, Cassiano Paulo Nunes. Vice - presidente, Lúcia do Couto Pereira. Tesoureiro, Airton Della Valentina. Vice – Tesoureiro, Donizete Albino. Secretária, Maria Inês Petri Albino. Segundo o secretário, Ademir Luciê. CONSELHO FISCAL: Wesley Bonato, Edicleber Bispo, Júlia Calgário, Jurandir Estrela e Odair Marques da Cruz.


55 anos de Assis Chateaubriand

No próximo dia 20 de agosto, o município de Assis Chateaubriand completa 55 anos de emancipação político-administrativa, vamos relembrar a história dos distritos, patrimônios e comunidades do interior.

As informações foram publicadas no “O Regional em Revista”, na edição Especial quando o município completou 50 anos.

Distrito de Bragantina

O Distrito de Bragantina foi criado em 31 de janeiro de 1967, através da Lei 5.489. Bragantina está situada às margens da rodovia PR 317 que liga Toledo a Assis Chateaubriand. A distância de Toledo a Bragantina é de 15 km. E de 25 km de Bragantina a Assis Chateaubriand. Sua população na década de 60 era de aproximadamente 13.500 habitantes, atualmente é de 2.500 e sua economia baseia-se basicamente nas atividades agropecuárias.

A comunidade de Bragantina surgiu por volta de 1958, com a vinda de famílias sulinas em busca de melhores condições de vida. Historicamente, a característica marcante do nosso distrito ocorreu do encontro de duas correntes de migrantes que delimitaram o grande divisor de águas da colonização do estado do Paraná. A primeira corrente, composta por nordestinos, mineiros, capixabas e paulistas, instalou-se na região, onde hoje se formou o distrito. Outra corrente de migrantes que chegaram em seguida, vinda do sul do país, foi composta por gaúchos e catarinenses. Ao invés de café, os sulistas começaram a plantar as chamadas “lavouras brancas” ( milho, arroz e feijão) e criar porcos, frangos e gado leiteiro.

A comunidade foi fundada no ano de 1961 por pessoas que adquiriram terras da Colonizadora Norte do Paraná. O nome de Bragantina foi uma homenagem ao governador do Paraná Ney Braga. O distrito pertencia ao município de Toledo, porém com a emancipação de Assis Chateaubriand em 1966, Bragantina passou a pertencer a Assis Chateaubriand.

Houve época em que bragantina possuía uma considerável estrutura como: hospitais, hotéis, posto de abastecimento de combustível, loja de roupas, loja de calçados, açougue, farmácias, um cinema e vários armazéns de secos e molhados, além de fábrica de calçados, fabrica de sorvete, frota de 23 táxis e frota de caminhões de aluguel, entre outros.

A partir da década de 70, com a substituição da cultura do café pela soja, a mão-de-obra, antes farta, começou a escassear-se, pois passou a utilizar as máquinas agrícolas no preparo da terra, plantio e colheita dos cereais. Por outro lado, os pequenos proprietários pressionados pelos grandes, venderam suas propriedades indo para as cidades ou para o centro e norte do Brasil, principalmente Rondônia e Mato Grosso. Atualmente, os pequenos proprietários que permaneceram na comunidade diversificaram as culturas, investindo na suinocultura e avicultura e piscicultura.



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