Mais de 30% dos brasileiros entre 30 e 39 anos abusam do consumo de álcool, responsável pela morte de 7.612 pessoas só no ano passado

Com o objetivo de chamar atenção para os efeitos nocivos do consumo abusivo de álcool, no dia 05 de agosto, das 14h às 14h30, será realizada uma palestra com Guilherme Messas, médico psiquiatra e Coordenador do Comitê para Regulação do Álcool (CRA), com o tema os “Impactos do Consumo do Álcool na Saúde: Como Implementar Mudanças Culturais Efetivas, durante o 12º Seminário UNIDAS - Economia Colaborativa na Saúde.

“O tema é primordial para a saúde suplementar, pois recai sobre parte relevante do custo sanitário relacionado ao modelo desregulado de uso de álcool no Brasil. Esses custos diretos são relacionados ao tratamento das diversas situações nas quais essa bebida é fator fortemente associado ou representa a causa diretamente”, explica médico.

Não faltam motivos para evitar o excesso de álcool. O exagero dessa bebida pode causar lesão no fígado; enfraquecer o sistema imunológico; danificar o coração; aumentar a ansiedade; e até estimular comportamentos violentos.

Segundo estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), publicado em 2020, desde o início do isolamento social ocorreu a intensificação do abuso de álcool. Cerca de 12 mil pessoas de 33 países da América Latina e Caribe participaram da pesquisa. Desse total, 30,8% eram brasileiros, sendo que 35% dos entrevistados tinham entre 30 e 39 anos. No Brasil, somente no ano passado, 7.612 morreram em decorrência de situações relacionadas ao problema.

De acordo com Messas, as condições que envolvem esse quadro são de amplo espectro, que vão desde vítimas de acidente de trânsito; violência doméstica; doenças oncológicas; acidente vascular cerebral; diabetes; hipertensão arterial sistêmica; cirrose hepática; queda - principalmente em idosos – até transtornos totalmente motivados pelo álcool, como alcoolismo, depressão, suicídio e ansiedade”, ressalta.

“A maior parte dos custos na saúde acontece de forma indireta, como a perda de produtividade, desemprego, condenações judiciais, aposentadorias precoces e, por fim, a morte precoce. No entanto, por meio das estratégias corretas é possível reduzir os ônus do álcool entre usuários da saúde suplementar, algo relativamente fácil de se fazer e com ótima relação custo-benefício”, finaliza o psiquiatra.

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