O que tem dentro de uma lata de refrigerante? Água, concentrado, muitos aditivos químicos e sete colheres e meia de açúcar, quantidade maior do que a recomendada para um dia inteiro, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
E para mostrar as evidências científicas sobre as doenças associadas ao consumo de refrigerantes e outras bebidas açucaradas, a ACT Promoção da Saúde e a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável apresentam a segunda fase da campanha “Tributo Saudável: Bom para economia, melhor ainda para saúde”.
Composta por filme para TV, anúncio na mídia impressa, mídia out of home, rádio e estratégia digital, a campanha criada pela agência Repense busca sensibilizar o público sobre os malefícios à saúde provocados por refrigerantes, sucos de caixinha e chás ultraprocessados.
A comunicação também convoca a população a se engajar em uma política pública capaz de reduzir o consumo de açúcar: a tributação das bebidas açucaradas.
A segunda fase da campanha tem início com anúncio, em jornal de grande circulação, assinado por algumas das organizações que apoiam a tributação das bebidas açucaradas no Brasil: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS Brasil), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil).
Na sequência entra no ar em veiculação nacional na TV e em redes sociais, o filme, com 30 segundos de duração, protagonizado por Fabiano Luder, que teve uma perna amputada em decorrência da diabetes tipo 2, mostrando uma das drásticas consequências do consumo excessivo das bebidas açucaradas. Assista o filme em https://www.youtube.com/watch?v=2qkSvfPleto.
“Criativamente procuramos através de uma comunicação de grande impacto e com base em dados científicos alertar as pessoas sobre os problemas do consumo excessivo de açúcar. E, paralelamente, mostramos um caminho que pode contribuir para a solução e já é adotado em mais de 50 países”, comenta Alexandre Ravagnani, Diretor-Executivo de Criação da Repense.
O Tributo Saudável sobre bebidas açucaradas é uma política pública recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para reduzir o consumo de açúcar pela população, prevenir doenças e reduzir custos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A população brasileira pode manifestar seu apoio à causa da tributação das bebidas adoçadas assinando uma petição no site tributosaudavel.org.br . O documento será direcionado aos parlamentares que estão envolvidos na discussão da reforma tributária no Congresso Nacional.
A criação da campanha é de Alexandre Ravagnani, Fernando Mendonça, Fred Túlio e Tânia Hübner. A produtora do filme é a Easy Filmes, com direção de cena de Jandir Santin.
Evidências
Um estudo realizado pela FIPE, sob encomenda da ACT, mostrou que, além dos benefícios à saúde, a tributação de bebidas açucaradas no Brasil aumentaria a arrecadação e capacidade de investimento do governo, o PIB, e a geração de empregos. Isso porque, com o imposto mais alto, os consumidores passariam a adquirir produtos mais saudáveis e não tributados, como água, leite e sucos naturais, que empregam maior quantidade de mão de obra em suas cadeias produtivas.
“As grandes marcas fabricantes de bebidas açucaradas investem milhões de dólares, em todo o mundo, para moldar a percepção pública e naturalizar o consumo de refrigerantes e outras bebidas. Nossa campanha é uma forma de revelar o que as indústrias se esforçam tanto para ocultar da população: as evidências científicas que comprovam a associação desses produtos a várias doenças graves, que podem levar até à morte”, afirma Paula Johns, diretora-geral da ACT Promoção da Saúde. “É uma verdade indigesta, mas é direito da população saber que refrigerantes e bebidas adoçadas fazem mal à saúde e que o Brasil precisa reduzir imediatamente o consumo desses produtos. E para isso, mudanças individuais não são suficientes, precisamos de políticas públicas que criem ambientes favoráveis para escolhas saudáveis da população, como é o caso da tributação de bebidas adoçadas”, conclui Paula.
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