Não é apenas nós que sentimos literalmente na pele os reflexos das altas temperaturas com a chegada do verão chegou.
Até para os peixes que vivem na água, é necessária atenção redobrada por parte dos produtores, como destaca o engenheiro de pesca e supervisor da integração da piscicultura, Ilson Mahl.
Ele explica que o metabolismo do peixe aumenta com as altas temperaturas e ocorrem diversas situações que podem tanto ajudar quanto prejudicar o desenvolvimento dos animais.
"As altas temperaturas geram uma maior produção de oxigênio durante o dia e consumo principalmente no período da noite. Em contrapartida, é oportuno oferecer mais ração aos animais e isso faz com que as águas fiquem carregadas com cargas de nutrientes e isto acarreta em altas concentrações de algas", alerta Ilson.
De acordo com as orientações da equipe técnica da integração de peixe, os produtores devem monitorar a qualidade da água, mantendo os índices estáveis por meio da renovação da água dos tanques, que pode ser feita com o uso da aeração.
"Essa renovação nas águas dos tanques de produção deve ser feita de acordo com as análises realizadas, desta forma a concentração de biomassa fitoplanctônica (algas), diminua e o ambiente seja favorável para o desenvolvimento dos peixes", explicou Ilson.
Outra orientação aos produtores associados é de que seja realizada a aeração da água dos tanques por duas horas, durante o dia a cada duas horas e também à noite, a partir das 19 horas ou por 24 horas caso incidência de amônia/nitrito.
"Isso fará com que haja maior homogeneidade da água dos tanques, dissolvendo a estratificação térmica e possibilitando melhor ambiente e o desenvolvimento aos peixes. Isto reflete em bom crescimento, melhor conversão alimentar e, consequentemente, os resultados da atividade", finalizou