O período entre culturas exige cuidados com o solo

A atenção com o solo por parte dos produtores deve ser constante, principalmente no período entre safras. Neste momento de pós colheita do milho, por exemplo, é importante fazer um bom manejo para garantir a conservação e a fertilidade do solo, evitando problemas que possam existir dentro das lavouras.
Julho e agosto são os meses que geralmente não é feito nenhum cultivo nas áreas e portanto os produtores devem aproveitar para realizar manejos como a correção do solo com calagem, como explica o gerente técnico da Copacol, Fernando Favero.
"O manejo deve ser feito a partir de uma boa analise de solo, onde os produtores precisam seguir algumas recomendações agronômicas para poder planejar a adubação para as próximas safras. Os nossos projetos de produtividade mostram que os fatores determinantes para as altas produtividades passam por uma boa adubação e correção do solo", destacou Fernando.
Descompactação do solo
O sistema de produção implantado na região (cultivar soja no verão e milho no inverno) tem causado a compactação do solo em algumas áreas. Fernando destaca que neste momento é a oportunidade dos produtores realizarem a descompactação do solo, procurando um agrônomo para receber as orientações e adotar o melhor manejo.
Conservação do solo
No ano passado, com o fenômeno do El Niño, a região recebeu até 300 milímetros de chuva em apenas uma semana e por conta disso muitas áreas foram comprometidas. Um dos métodos tradicionais de conservação do solo para a região é o terracionamento, que irá manter o escorrimento superficial e perda de solo.
"Algumas áreas que tiveram erosão em função da alta precipitação ocorrida nas safras de verão e inverno, este é o momento importante para realizar a correção dos terraços, podendo cultivar as próximas safras sem ter problema com erosão e perda de solo", explicou Fernando.
Adubação orgânica
Devido a alta disponibilidade de dejetos de aves, muitos produtores utilizam os dejetos de aves como fertilizantes nas áreas de agricultura, esse é momento que permite o trânsito de máquinas para aplicação destes dejetos. "Esses fertilizantes são extremamente ricos em nutrientes e tem proporcionado grandes ganhos de produtividade de produção agrícola da nossa região", contou o agrônomo. A orientação é não exagerar no uso dos dejetos, porque além dos problemas ambientais que isso pode gerar, também leva a perda de produtividade por acamamento das culturas. A aplicação ideal é de no máximo 10 toneladas por alqueire.