As baixas temperaturas e geadas recentes não podem ser usadas como justificativa para reajuste de preços de hortaliças no Paraná. A constatação é da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e foi divulgada na terça-feira (19). A equipe técnica argumenta que a produção não foi comprometida porque os produtores protegem os alimentos.
Uma massa de ar polar trouxe geada para várias regiões do estado no início da semana. Segundo o Sistema Meteorológico Simepar, a menor temperatura do estado foi registrada em General Carneiro, na região sul: -4,3ºC. Na capital, o dia também começou muito gelado com mínima de 0,4ºC.
A região sul do Paraná é responsável por 62% da área de cultivo de hortaliças. Segundo o coordenador estadual de Olericultura do Emater, Iniberto Hamerschmidt, nesta época do ano, são plantados repolho, beterraba, cenoura, além de alface, couve, almeirão e escarola. Algumas espécies são mais resitentes à intempérie, e outras foram cobertas.
Apenas a couve-flor, que é um relativamente mais sensível, sofreu um pouco, segundo o coordenador do Emater.
Hamerschmidt afirmou que tomate, pepino e abobrinha são culturas das estações mais quentes (primavera e verão), portanto não estão no campo. Ele considera que o reajuste de preços, nestes casos, é especulação.
Na safra 2013/2014, o Paraná produziu 2,9 milhões de toneladas de hortaliças, em 114 mil hectares. A atividade movimentou aproximadamente R$ 3 bilhões. A Região Metropolitana de Curitiba responde por 38% da produção.
Em segundo lugar está a região norte com 28%; em terceiro o oeste e sudoeste com 8%; e, por fim, o noroeste com 2%.
Fonte: G1