Com a participação de 220 cooperativas filiadas à Ocepar divulgou no dia primeiro de abril, durante a sua AGO (Assembleia Geral Ordinária), realizada em Curitiba, o faturamento de R$ 60,4 bilhões em 2015, valores que representam um crescimento de 19,6% em relação aos R$ 50,51 bilhões movimentados em 2014.
As cooperativas paranaenses correspondem por 18% do Produto Interno Bruto do Paraná (PIB) e por 56% da produção agropecuária no Estado, exportou no ano passado R$ 8,5 bilhões, investiu R$ 2,3 bilhões e recolheu R$ 1,5 bilhão em tributos. Ao todo, o cooperativismo paranaense congrega 1,3 milhão de cooperados, possui 2 mil empregados e gera 2,6 milhões de postos de trabalho.
Durante a prestação de contas o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, enalteceu que os números são frutos da competência dos integrantes do cooperativismo paranaense, que, com muito trabalho e profissionalismo, conseguiram fazer com que o setor crescesse de forma consistente e se sobressaísse em cenário de sérias dificuldades econômicas e políticas que marcaram os rumos do país no ano passado, que fechou o ano com retração de 3,8% no PIB
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José Roberto Ricken, é o novo presidente do Sistema Ocepar
Além da prestação de contas foi apresentado o novo presidente do Sistema Ocepar, o engenheiro agrônomo José Roberto Ricken, ocupando o lugar de João Paulo Koslovski, que deixa o cargo presidido desde 1996 para se dedicar a projetos pessoais.
A mudança foi homologada durante a Assembleia Geral Ordinária realizada na sede da entidade, em Curitiba. Ricken cumpre mandato até 2019. "Meu compromisso é dar continuidade ao trabalho feito sob a liderança do João Paulo, a quem faço um agradecimento especial, já que atuamos juntos há 28 anos", afirmou Ricken. "Meu desafio não é fácil, mas não vou decepcionar, vocês podem ter certeza disso", acrescentou o novo presidente.
Natural de Manoel Ribas, na região central do Paraná, Ricken é formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre em Administração pela Ebape - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas e especialista em Cooperativismo, com vários cursos no Brasil e no exterior.
No Sistema Ocepar desde abril de 1988, inicialmente atuou como assessor no departamento técnico e econômico. A partir de 1991, gerenciou a implantação do Programa de Autogestão das Cooperativas
Paranaenses até 1996, quando assumiu a superintendência da Ocepar. No início de 2000, coordenou a implantação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), qual também foi superintendente até esta sexta.
Para o presidente da Copacol, Valter Pitol, o novo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, vai dar continuidade ao excelente trabalho desenvolvido por João Paulo Koslovski.
"Confiamos plenamente na capacidade do Ricken, juntamente com sua equipe e com a participação das cooperativas, em defender os interesses das nossas atividades, do cooperativismo paranaense perante os governos federal e estadual", disse Pitol.
Pitol foi enfático ao pontuar que o legado de Koslovski na presidência da Ocepar é de eficiência e, acima de tudo, de responsabilidade. "A sua gestão, ao longo de 20 anos, marca a história do cooperativismo paranaense no Brasil. Por que hoje somos referência para o país? Pelo trabalho realizado por ele e sua equipe. Então deixa um legado extraordinário de evolução do setor e de realizar todo um trabalho em benefício de todas as cooperativas", completou
O legado de João Paulo Koslovski
Após 43 anos de dedicação ao cooperativismo, o engenheiro agrônomo João Paulo Koslovski oficializou, na manhã desta sexta-feira (01/04), sua saída do Sistema Ocepar. "Deixo a presidência, mas não vou deixar nunca o cooperativismo, porque isso está na veia", disse o executivo, ao discursar na Assembleia Geral Ordinária da entidade, que é formada pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), e Federação das Cooperativas do Paraná (Fecoopar).
De acordo com ele, sua saída da presidência, cargo que ocupou por 20 anos, foi uma decisão madura, motivada pelo desejo de desfrutar mais do convívio familiar. "Finalmente terei mais tempo para me dedicar a projetos pessoais, dar uma atenção especial à minha esposa, às minhas filhas e ao meu neto", confidenciou.