A Copacol, cooperativa agroindustrial localizada no oeste do Paraná, vai expandir a capacidade de processamento de aves e de fabricação de rações. Juntos, os projetos receberão R$ 390 milhões em investimentos.
No segmento de alimentação animal, cujo aporte será de R$ 120 milhões, a ampliação inclui três fábricas nas cidades paranaenses de Cafelândia e Nova Aurora.
O aumento na quantidade de rações, de cerca de 20%, vai suprir a demanda dos fornecedores da companhia que produzem frangos, suínos, peixes e gado de leite.
Os outros R$ 270 milhões serão investidos em um frigorífico de aves que o grupo tem em sociedade com a Coagru, cooperativa de Ubiratã (PR). O objetivo é elevar o volume de abate de 180 mil frangos por dia para 380 mil.
Principal negócio da Copacol, com participação de 60% no faturamento total, a avicultura se beneficiou das recentes altas do dólar, segundo Valter Pitol, diretor-presidente da cooperativa.
"As exportações de frango estão ajudando a compensar a situação ruim que enfrentamos no mercado interno."
Dentro do país, embora não tenha ocorrido queda nas vendas, o preço do frango não é suficiente para cobrir o custo de produção, que cresceu cerca de 30% por causa das altas de insumos como a energia elétrica, diz Pitol.
O projeto de ampliação das fábricas de rações será financiado por BNDES e BRDE. Na avicultura, a negociação envolve o Banco do Brasil.
Riscos globais
Os conflitos internos com consequências regionais estão em primeiro lugar na lista de riscos a serem enfrentados por governos e empresas nos próximos 18 meses, de acordo com um estudo feito pela empresa de seguros Marsh & McLennan.
O perigo de colapso dos governos nacionais aparece em segundo lugar na lista, que tem ainda subemprego ou desemprego estrutural elevado e terrorismo.
Quando considerado um horizonte maior, de dez anos, os receios apontados no mapa de risco da empresa recaem sobre a escassez de água e mudanças climáticas, além de instabilidades sociais.
Em um prazo mais longo, questões econômicas e políticas dão lugar a preocupações com recursos naturais, diz John Drzik, presidente de riscos globais da Marsh.
"Em geral, a perspectiva de falta de água inquieta por ser uma questão que afeta diversos países", diz Drzik, para quem os setores público e privado devem ser cada vez mais instados a discutir essas questões.
"Ao se considerar o Brasil, melhorar a infraestrutura, um dos maiores gargalos locais, seria uma saída para resolver os problemas do país."
Informações da Folha de São Paulo