Chuva segue pelos próximos 15 dias com mais de 170 milímetros de precipitação na região

A chuva tão escassa nos últimos dois anos na região oeste do Paraná, causando um déficit hídrico de mais de mil milímetros, desembarcou com força total neste mês de janeiro. Já são mais de 300 milímetros de precipitação até ontem (20) e não deve parar por aí. As fortes chuvas seguem pelos próximos dias.

Nesta quinta, segundo o Simepar, pode chover cerca de 12 milímetros. Pelos próximos 15 dias o sol promete quase não aparecer com volume estimado de mais 170mm de água.

Se por um lado rios e mananciais se recuperam bem de suas vazões, um exemplo disso é o Lago Municipal de Cascavel que depois de meses de secura extrema e com níveis cerca de 2 metros abaixo do normal, voltam à cena de quase normalidade. O risco iminente de desabastecimento de água com rodízio no fornecimento está, por ora, suspenso pela Sanepar.

Porém, há registros também da destruição, com registro de chuvas de granizo e de rajadas de ventos em alguns pontos da região oeste. Não foram incomuns os alertas enviados pela Defesa Civil nos últimos dias, reforçando os perigos da chuva forte, granizo e rajadas de vento que em alguns casos passaram dos 60 quilômetros por hora.

Alagamentos, mesmo que em pontos isolados, também ocorreram e o campo também sofre alguns efeitos.

No site do Consórcio Antiferrugem da Embrapa, que monitora os casos da ferrugem da soja no Brasil, há dezenas de registros da doença no Paraná.

O estado é, de longe, o que concentra maior número dessas ocorrências e é o tempo chuvoso, com temperaturas mais elevadas durante o dia, que propiciam a propagação do fungo que pode dizimar lavouras inteiras da oleaginosa.

Vale destacar que em outros períodos, em anos anteriores, considerando as condições normais do clima e do tempo, a soja cultivada no Estado já estaria com cerca de metade delas colhida neste momento.

Ocorre que, pelo terceiro ano consecutivo, a falta de umidade no solo atrasou em cerca de 30 dias o plantio lá no mês de setembro, assim, os mais de um milhão de hectares semeados na região ainda aguardam a colheita em sua totalidade.

Veja o vídeo do Apertado - Rio Piquiri - Formosa do Oeste, gravado ontem (20).