E com a onda da Ômicron, ressurge essa questão importante.
E na dificuldade da vida real, sei que a resposta, óbvia, se isole, nem sempre é factível, principalmente pelas mães de crianças pequenas.
O que fazer?
O possível para não piorar a situação, ao meu ver.
Gostaria de compartilhar um pouco do que seria um misto de bom senso e evidências científicas, para que a família não seja tão afetada quando o vírus chega.
1️⃣Se não consegue se isolar da família em casa, pelo menos se isole do mundo exterior;
2️⃣Não hesite com relação aos sintomas. Caso tenha febre, dor no corpo, coriza, dor na garganta, diarreia, náuseas, dor abdominal, pense em COVID-19 até prova em contrário;
3️⃣Coloque uma máscara em si e em quem puder ficar de máscara casa, até a situação se organizar. Evitar a transmissão domiciliar pode depender disso;
4️⃣Não cometa o disparate de levar as crianças para ficarem na casa dos avós ou de outras pessoas da família. Não aumente a cadeia de transmissão;
5️⃣Avise as pessoas que você teve contato próximo (>15 min de contato desprotegido), nas 48h antecedentes ao início dos seus sintomas, para que elas também fiquem atentas, até que você seja testada;
6️⃣Se tem alguma condição de risco, procure atendimento, mesmo que inicialmente seja à distância;
7️⃣Não deixe de amamentar seu bebê, desde que você esteja de máscara e lavando bem as mãos, não há problema em amamentar. Se puder, peça para que o pai faça as demais tarefas com o bebê, para minimizar o contato;
8️⃣Areje a casa, abra janelas e permita a ventilação do quarto;
9️⃣Tente se alimentar bem, mesmo que não esteja sentindo cheiro e gosto. Não deixe de tomar água constantemente, a hidratação é uma arma essencial para essa guerra que o seu organismo está travando contra o vírus;
🔟Em caso de dor e febre, não há problemas em tomar analgésicos/antitérmicos comuns, porém, não use outros medicamentos sem avaliação médica e fique atenta para os sinais de alerta para piora do quadro, como febre persistente, prostração intensa, vômitos que não param e cansaço/dificuldade para respirar.
Pediatra Dr. Flávio Melo